quarta-feira, 12 de maio de 2010

PÊNIS e VAGINA: UMA RELAÇÃO DE AFINIDADE E COMPLEMENTAÇÃO

Vamos conhecer um pouco sobre esses órgãos tão importantes na vida de homens e mulheres.
Figura 1. Embrião com 10 semanas. (Fonte: Família, guia de pais. familia.sapo.pt/.../desenvolvimento_fetal)


Até aproximadamente 9, 10 semanas, as estruturas genitais internas e externas do embrião masculino e feminino são exatamente iguais, denominadas gônadas e tubérculo genital.

Após esse período, a genética vai comandar a diferenciação sexual. Se esse embrião tiver:
  • os cromossomos XY, o tubérculo genital seguirá formando o pênis e o escroto, cujo fator determinante do sexo masculino está no cromossomo Y;
  • os comossomos XX, o tubérculo genital seguirá formando o clitóris, a vagina e seus lábios, o que determinará o sexo feminino.

Externamente (Figura 2)


Figura 2. Processo de diferenciação do tubérculo genital no pênis e na vagina. (Fonte: Frank H. Netter. Atlas de Anatomia Humana. Porto Alegre: ArtMed, 1998. Lâmina 393.)


Internamente (Figura 3), as gônadas e as outras estruturas se transformarão nos testículos e nas outras estruturas (homem) e nos ovários, trompas, útero e outras estruturas (mulher).

Figura 3. Processo de diferenciação das gônadas nos aparelhos reprodutores masculinos e femininos. (Fonte: Frank H. Netter. Atlas de Anatomia Humana. Porto Alegre: ArtMed, 1998. Lâmina 394.)


(Há vários relatos de homossexuais dizendo que pelo fato de os parceiros serem do mesmo sexo eles conhecem sua anatomia, sua fisiologia, as sensações, “sabem como é que é”. Os heterossexuais também podem ter a mesma percepção, porque embora haja uma desproporção enorme em tamanho, porque o clitóris da mulher é um pênis minúsculo (apenas porque não cresceu), ele conserva a parte estrutural nervosa e arterial embriológica e se comporta como o pênis (durante a excitação aumenta de tamanho, é tão sensível, ou mais, quanto, até há mulheres que ejaculam)).


Nove meses depois, quando totalmente formados, nascem. Esses bebês crescem, chegam à puberdade, novamente a genética entra em ação. Surgem as características masculinas secundárias (pelos, barba); as femininas (pelos, seios), a menstruação e OS HORMÔNIOS, ah, esses hormônios avassaladores! E, consequentemente, a RELAÇÃO SEXUAL.

Para haver uma relação sexual, tanto o corpo do homem quanto o da mulher se preparam para esse acontecimento.

Além do desejo, no homem, os estímulos deflagradores da excitação, são, principalmente, o visual concreto ou imaginado e o olfativo, que vão disparar os neurotransmissores e outros processos que vão desencadear toda uma sequência fisiológica para que a ereção ocorra (Figura 4), podemos dizer que é uma estimulação em cadeia vertical.

Figura 4. O pênis entrando em ereção a partir dos estímulos visuais e olfativos no cérebro. (Fonte: Alexandre Moreira. A Disfunção Eréctil. Porto: Pfizer, 1999. p.26.)


Até há bem pouco tempo acreditava-se que com a mulher acontecia da mesma maneira.

“Em 1999, a Fundação Americana de Doenças Urológicas promoveu uma conferência internacional com um grupo multidisciplinar para desenvolver conclusões consensuais na área. Concluíram que a disfunção sexual feminina é um problema com múltiplas causas e dimensões, envolvendo determinantes biológicos, psicológicos e interpessoais. ... As conclusões consensuais levantadas nesta conferência estimularam o aprimoramento de um novo modelo de ciclo de resposta sexual feminina, desenvolvido originalmente por Rosemary Basson uma psiquiatra canadense, pesquisadora do Centro de Sexualidade da Universidade British Columbia, em Vancouver. Este modelo, circular (Figura 5), valoriza a responsividade e a receptividade feminina, postulando que para muitas mulheres, é o desejo por intimidade, ao invés de um impulso biológico, o desencadeador do ciclo de resposta sexual” (Heloisa Fleury).

Figura 5. Um novo modelo circular do ciclo de resposta sexual feminina, proposto por Rosemary Basson. (Fonte: Heloisa Fleury. As novas abordagens e teorias sobre a resposta sexual feminina. Arquivos H. Ellis, 2004, volume 1, número 1, página 18. http://www.arquivoshellis.com.br/arquivos/01_010704/index.php)


Depois da fase de excitação, nos dois sexos há um platô, o orgasmo e a resolução (Figura 6).

Figura 6. Resposta sexual : A = excitação, B = platô, C = orgasmo (possibilidade de orgasmos múltiplos), D = resolução. (Fonte: Arquivos de Sexologia de Magnus Hirschfeld. www2.hu-berlin.de/sexology/ECP1/differences1.html)


No homem há o afluxo de sangue ao pênis para ficar ereto, o escroto intumesce, os testítulos se elevam, a próstata aumenta de tamanho, durante o orgasmo todos se contraem para direcionar o fluido seminal à ejaculação, após a qual há o relaxamento e a perda de ereção (Figura 7).

Figura 7. As mudanças que ocorrem externa e internamente no homem durante o ciclo de resposta sexual. (Fonte: William H. Masters, Virginia E. Johnson, Robert C. Kolodny. Human Sexuality. 3a. ed. Boston: Scott, Foresman; 1988. página 85.)


Não menos importante, porém muito menos visível e praticamente desconhecido, é o que ocorre dentro da mulher.

A vagina fica lubrificada para facilitar a penetração do pênis, o clitóris intumesce, a parede vaginal se alarga, o útero se eleva de modo que a parte superior da vagina forma uma espécie de bolsa, durante o orgasmo todos se contraem, após o qual o útero volta ao seu lugar, a parede vaginal volta a se estreitar e o fluido seminal fica na bolsa (Figura 8).

Figura 8. As mudanças que ocorrem internamente na mulher durante o ciclo de resposta sexual. (Fonte: William H. Masters, Virginia E. Johnson, Robert C. Kolodny. Human Sexuality. 3a. ed. Boston: Scott, Foresman; 1988. página 84.)


Vale mencionar que os tempos durante o período de excitação, para cada sexo, são diferentes, o do homem é mais rápido do que o da mulher. Isso significa que, para se encontrarem no orgasmo, há que se estar em harmonia de parceria.

A Natureza é sábia e perfeita, criou o pênis e a vagina de forma que se encaixam perfeitamente (Figura 9).

Figura 9. Um corte sagital mostrando o pênis introduzido na vagina. (Fonte: Resumão Medicina – 5: Sistema Reprodutivo. São Paulo: Barros, Fischer & Associados; janeiro de 2002.)


No caso de haver o coito homem-mulher, o pênis entra em uma vagina. E assim como o tamanho do pênis varia, o da vagina também, porém essas diferenças são de tal sorte que não interferem na relação sexual.

No entanto, se o pênis for muito grande, como desejam muitos homens, durante o coito a ponta poderá bater com muita força no colo do útero o que, certamente, poderá causar muita dor à mulher, muitas vezes impossibilitando a relação. Além disso, haverá dificuldade para a penetração completa, sobrando parte do pênis para fora da vagina e nesse caso, quem poderá sentir muita dor será o próprio homem, além de outras intercorrências.

Vamos supor que as cirurgias sejam perfeitas, tenham excelente resultado, finalmente o homem terá seu pênis grande como desejado. Será que ele vai conseguir ter satisfação na relação e dar satisfação à mulher? Será que a relação romântica deve se basear no tamanho do pênis?

Escreva seu comentário.


Falando da diferença entre homens e mulheres, uma pausa para relaxamento e reflexão, assista a esse vídeo: http://www.youtube.com/user/DorothyPollack


Leia mais em:
Simone Diniz. Fique amiga dela. http://www.mulheres.org.br/fiqueamigadela/index.html
Regina Navarro Lins. Cama na Rede. http://camanarede.terra.com.br/

Um comentário:

  1. Uma vez, ao final de uma apresentação sobre "Tamanho do pênis" para uma platéia de colegas médicos, coloquei uma pergunta para que todos respondessem: "Quem aqui ficaria contrariado se nascesse com o pênis 2 centimetros maior?" Ninguém levantou a mão.
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    E aqui, será que alguém ficaria chateado se tivesse o seu pênis com 2 cm a mais de comprimento?
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    Henrique Chvaicer - Rio de Janeiro, R.J.

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